O dia mal amanheceu na comunidade de Auzilândia, em Alto Alegre do Pindaré, a 219 quilômetros de São Luís (MA), e o alto-falante do vilarejo já avisou que hoje é dia de jegue-livro.
A notícia causa alvoroço entre os moradores da região. Todos ficam encantados com a chegada do animal.
Ideia fantástica, apesar de sobrecarregar o animalzinho de peso. O jegue é um animal nosso, nordestina. Luiz Gonzaga foi o primeiro a fazer uma homenagem compondo a canção "o Jegue, nosso irmão. Nas selvas da Colômbia o jegue também é usado como biblioteca ambulante. Também já pensei em fazer bibliotecas ambulantes usando jegues para levar o livro e a leitura à população das pequenas cidades e comunidades rurais no semiárido nordestino, locais que têm ainda nos dias atuais pouco hábito de leitura. Mas achei que ficaria muito puxado usar os jegues para tais atividades porque as distâncias são muito grandes e o sol muito quente. Pensando mais um pouco mudei de ideia, e relendo a mitologia grega comecei a pensar em tentar fazer uma experiência de popularização da leitura baseado na história do cavalo de Troia. Pensei como seria isto, aí relembrei o filme “by by Brasil”, cuja personagem central é o caminhão que leva a Caravana Rolidei. pensei em propor fazer o jegue eletrônico que consistiria num caminhão baú, dentro uma estrutura de um jegue com todos os recursos tecnológicos atuais (informática, telão, câmara e estantes com livros. Um grupo de três ou quatro pessoas (um câmera, dois malabaristas e o motorista). Na estrada o jegue seria mais um caminhão baú rodando em direção a algum lugar. Ao chegar na cidade, o jegue anunciava a sua chegada cantando a música de Luiz Gonzaga (O Jegue, nosso irmão), o caminhão parava na praça da feira, abria-se a carroceria, saia a dupla de mágico chamando o público para fazer leitura. Armava-se um telão na parte traseira (rabo) do jegue, o câmera passava a filmadora para as pessoas que filmavam a feira e o que estava acontecendo em torno do caminhão e era transmitido imediatamente pelo telão.
ResponderExcluirEsta era a minha ideia de homenagear esse animal que tanto serviu e colaborou com a formação histórico-social do semiárido brasileiro, e também evitar a sua extinção, pois hoje em dia esses animaizinhos pacíficos vivem largado pelas estradas e morrendo à míngua.
Esta ideia do jegue eletrônico eu apresentei pela primeira vez no artigo do Professor Francisco Foot no jornal Estado de São Paulo (Caderno Aliás) de 6/6/2009 ((http://www.unicamp.br/unicamp/es/comment/reply/54194) e depois no Programa do Jô Soares (17/09/2009) http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1125576-7822-PROFESSOR+GERALDO+PRADO+CRIOU+BIBLIOTECA+NO+MEIO+DO+SERTAO,00.htm, Nesse mesmo ano inscrevi o projeto num edital da OI, mas não teve o menor interesse.
Acho que assim com tem algumas experiência de popularização da C&T com caminhões expondo experiências científicas nas praças públicas, como os caminhões da Ciência da UNEB e da FIOCRUZ-Bahia, deveria retomar a primeira experiência de popularização da leitura nas praças públicas, que foi a feita por Mario de Andrade sob a orientação de Rubens Borba de Moraes em São Paulo, nos idos de 1937. A minha ideia do jegue eletrônico seria também para homenagear essas duas importantes figuras pioneiras da popularização da leitura e das bibliotecas.
Enfim, mesmo pensando em preservar esse animalzinho, achei muito bacana a experiência de Alto Alegre de Pindaré. Parabéns pela iniciativa.
Geraldo Prado (mestre Alagoinhas)
pena que esse projeto em nossa bella auzilandia se acabou, por ter pessoas ambiçioosas na frente de um projeto tá lindo. Que acabou deixando de existir, hoje só temos em nossas lembranças.
ResponderExcluirass: Herculano.
estamos torcendo para que esse grupo em 2013 volte com tudo ... e com mais atenção dos gestores e coordenadores...
ResponderExcluirquero parabenizar a cordenadora, ronivania pelo seu trabalho.. que esse ano de 2013 vc possa alcançar suas metas e fazer com esse grupo seje mais visto.. parabens !!!!!
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